terça-feira, 20 de setembro de 2016

O Bardo #1 - Star Wars - The Force Steady

Finalmente! Estreia agora o Bardo, o eterno contador de histórias, que vai contar uma história que aconteceu numa galáxia não tão distante. Foi em um RPG com o tema Star Wars, que teve uma história que merece ser contada. Esse texto é puramente ficcional, é baseado no universo Star Wars, produzido pela Disney, e não tem nenhuma ligação com o cânone. Esperamos que você tenha paciência para ler, e divirta-se!




























Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante...


A República foi dissolvida. O maligno Império Galáctico se organiza em torno de seu novo líder, Palpatine, e de seu pupilo, Darth Vader, enquanto planeja a construção da nave mais poderosa da galáxia, a Star Destroyer. As forças imperiais implantam um novo exército de clones, ainda mais capacitado do que o primeiro, e iniciam a construção da arma mais destrutiva já feita, pretendendo capturar e destruir os membros da recém-formada Aliança Rebelde.

Agora unidos, um caçador de recompensas, um mercenário e um soldado do império escapam das forças inimigas, para se encontrar no planeta Nwython, onde fica uma pequena base rebelde.

Enquanto isso, nos confins da galáxia, uma sociedade de Jedi remanescentes procura desesperadamente pelo artefato que pode destruir os Sith definitivamente e restaurar a liberdade na galáxia.

The Force Steady – Capítulo 1 – Fugitivos


Uma nave aparece o céu, seu ruído agudo é ouvido naquela selva úmida e vazia. Ela pousa lentamente, varrendo folhas do solo argiloso molhado. Uma comporta se abre, e aquela Slave II de tamanho menor entra no compartimento. De lá, de dentro da nave, sai um mandaloriano, de porte imponente. Sua armadura é preta e vermelha, e ele sobe a escada da “garagem”, que dá acesso ao nível normal da floresta. No mesmo instante em que ele pisa no chão de terra úmida, a comporta se fecha, e se camufla com folhas e galhos. O mandaloriano sai andando entre as folhagens densas que tapam sua visão.


***



Não muito longe dali, no limite da floresta com uma vila daquele planeta qualquer, uma clareira revela dezenas de naves, Shuttles e Clones em missão de reconhecimento aguardando pela ordem de partida. Alguns conversam, outros pedem orientação para seus generais de armadura mais pesada, enquanto um grupo seleto leva prisioneiros para suas naves. Um desses prisioneiros, de jaqueta esfarrapada e cabelos compridos descuidados, resistia fortemente quando carregado por três clones. Era um Rebelde, que fora apanhado naquele planeta aprontando alguma. Assim que cansou de se debater, resolveu que seria inútil tentar fugir, e se deixou jogar no chão. Suas pernas pararam de andar, e ele começou a ser arrastado. “Se tenho que ir, não vai ser por livre e espontânea vontade”, pensava. Quando outros dois soldados viram aquele relaxamento, correram para ajudar os outros colegas. Pegaram o Rebelde pelas pernas, ao que o mesmo deixou cair a cabeça para trás preguiçosamente. Era a oportunidade perfeita. Em um giro acrobático, o rebelde derrubou os soldados que estavam atrás, e torcendo os pulsos dos que o carregavam pelos ombros, lançou-os ao chão. Saiu correndo, perseguido pelo quinto clone que estava liberto. Parou no meio do caminho, acertando uma cotovelada no clone, que caiu desacordado. Voltou correndo na direção dos outros soldados, apenas para socá-los. Derrubou dois, juntando suas cabeças num impacto de desmaiar um Bantha. Fugiu dos outros dois que sobraram, e correu em direção à floresta. Corria como uma gazela Coruscani, como um Pod-racer de Tatooine.
Já estava quase lá, entre as folhagens verdes da floresta, onde estaria mais seguro e poderia fugir, quando o mandaloriano surgiu do meio dos galhos e o agarrou pelo pescoço. Nessa quebra de inércia, o rebelde viu suas pernas serem suspensas no ar, pois elas continuaram o movimento sem consultarem o seu tórax. Ficou ali, nas mãos do mandaloriano. A figura de armadura preta sussurrou para o Rebelde.

– Meu nome é Ronen. Como posso te chamar?
– Me chame de seu pior pesadelo, idiota.
– Você me ajuda a blefar, e eu te ajudo a fugir. É isso, ou aqueles camaradas te pegam com um paralisador e te jogam na prisão mais suja e esquecida do Império.
– Eu sou John Walker, e você vai me soltar depois disso, seu otário. – E ouviu um click e sentiu algemas se trancando em seus pulsos.
– Siga-me.
Ronen se aproximou dos dois clones que estavam perseguindo o Walker.
Com a voz abafada pelo capacete, se dirigiu a eles:
– Era esse que eu estava procurando. O Império pediu-me para levá-lo a Kirlmanguia, mas preciso de uma nave.
– Ah, sim... Essa escória rebelde só dá trabalho a nós. Peça carona para aquele grupo do Lambda número 18. Eles vão direto para lá. Corra, já estão saindo.
O mandaloriano negociou a viagem e logo saiu com o grupo de clones em direção ao planeta Kirlmanguia.
Dentro da parte da nave dedicada aos passageiros, Ronen estava inquieto. Inquieto porque o rebelde não parava de perguntar se poderia soltar as algemas, que ele era um esnobe, da escória mandaloriana.
– Quieto Walker! Só tem dois pilotos ali na frente, mas eles ainda podem perceber que isso é uma encenação. Eu conheci rebeldes que sabiam atuar melhor.
– Eu não vejo a hora de me livrar de você e me embriagar até vomitar na primeira cantina que eu encontrar na minha frente. Vá limpar esterco de Rancor, idiota!
– Essa foi a minha primeira profissão...


***



A nave demorou cerca de duas horas, quando saiu do hiperespaço e começou a desacelerar, já na atmosfera. Pousou suavemente, em frente a uma entrada trapezoidal cinza, típica das estruturas imperiais. Apenas aquela espécie de hangar despontava na superfície, em volta da entrada imperial havia só grama, numa planície monótona. Descendo da nave, Ronen, conduzindo John Walker e os dois clonetroopers que pilotavam o Lambda adentraram na estação imperial. Ronen deixou Walker em uma cela qualquer, perto da entrada, e o disse:
– Espere aí, vou pegar a encomenda da Aliança.
– Você está trabalhando para os Rebeldes? Um mandaloriano? Trabalhando para a ralé?
– Eu trabalho para quem paga mais. – E saiu correndo.
Assim que entrou naquela sala de iluminação avermelhada, fraca, Ronen avistou o cilindro de metal em um pilar no centro do local. Não havia nenhuma medida de segurança aparente, exceto a porta que ele teve de arrombar. Pegou o cilindro, que era envidraçado, permitindo ver um cristal em seu interior. Tinha o tamanho de um palmo, aproximadamente, e Ronen prendeu-o ao seu coldre e fugiu pela mesma porta que havia arrombado. Saiu calmamente, para não despertar suspeitas, mas surpreendeu-se quando um alarme começou a soar. Então, correu para a saída da base, não sem antes libertar o prisioneiro rebelde. Assim que os dois entraram no último corredor, que dava acesso à porta de saída da base, se depararam com dois clones, em guarda, que se viraram para eles, avistando o cilindro no cinto do mandaloriano.
– Ei! Esse artefato não pertence a você!
– Acho que é por isso que as pessoas roubam... – Ironizou Ronen.
– Prenda-os! – Gritou o segundo clone.
Enquanto o outro chamava reforços, Walker pegou seu blaster, acertando em cheio o primeiro clone, que foi andando até eles, na cabeça. O outro, tirando um paralisador do cinto, ia disparar, quando Ronen sacou um lançador de gancho, prendendo a arma paralisadora e lançando-a longe. O clone, desarmado, investiu em direção aos dois com os punhos cerrados. Atrás deles, puderam ver a iluminação do corredor diminuindo, o alarme aumentando de intensidade, e a porta de saída se fechando lentamente.
– Traidores! Vocês deviam ser escravizados pelo Império, ralé mandaloriana. Agora vocês não têm piloto, tentar sair é inútil... – O soldado acertou dois socos, derrubando em seguida o mandaloriano. John Walker, enfurecido, imobilizou o clone, arrancando seu capacete, sufocando-o e socando sua cabeça repetidas vezes. Ronen se recuperou, juntou do chão o cilindro que havia caído, olhou para a porta e gritou:
– Anda! Vamos ficar presos. – No mesmo instante, surgiu do outro corredor uma tropa de cerca de cinquenta clones, correndo em direção a eles dois.
– Alerta de intruso! Furto identificado no setor 17, ala 8. – O alarme soava ininterruptamente.
Terminando de socar o clone, e, por fim, quebrando seu pescoço, Walker saiu correndo logo atrás do mandaloriano. A porta estava a meio metro do chão quando os dois passaram, com a tempestade dos tiros dos blasters passando a poucos centímetros dos dois. A nave ainda esperava lá no mesmo lugar, com a rampa abaixada, e os pilotos tinham sumido. Walker perguntou a Ronen:
– Me diga que você sabe pilotar alguma nave do Império...
– Não mesmo. – Foi a resposta do caçador de recompensas, que saiu correndo em direção à rampa. – Você quer com emoção, ou sem?
– Eu tenho escolha? – E Walker seguiu em direção ao Lambda.
Enquanto isso, na cabine de comando da base, não tão longe dali, o capitão Mantisa, andando em meio ao que parecia ser um poço da tripulação de Star Destroyer, chegou perto de um operador de máquinas.
– Senhor, não são eles entrando naquele Shuttle?
– São sim! Quem deixou a rampa abaixada? Avise os operadores de torreta que têm permissão para atirar.
Assim que decolaram, com dificuldade e pouca estabilidade de voo, começaram a sentir o impacto dos tiros. Nenhum danificou com gravidade a nave, então os dois entraram no hiperespaço facilmente. 

***

Na mesma sala de controle, Mantisa amaldiçoava a incompetência dos subordinados.
– Eu quero os números de identificação dos pilotos daquele Lambda, e que eles sejam punidos severamente. – Praguejava o oficial.
Em resposta ao capitão, um funcionário interrompeu:
– Bem, senhor.... Os funcionários não estão mais nessa base. Nossos registros indicam que assim que a nave pousou no planeta.... Eles simplesmente desapareceram.
– Está de brincadeira comigo TRR-67? Ninguém some desse jeito! Apresente-se à sessão de recondicionamento, agora. Eu quero que ponham todos os homens dessa base na busca dos fugitivos. TRR-94, a quem pertencia o artefato roubado do setor 17?
– A ele, senhor. – Respondeu temerosamente o funcionário. – Ao Tarsec.       

***
    
Apesar de não ter pleno conhecimento da nave, Ronen conseguiu pilotar a nave com certa facilidade. A viagem foi tranquila por aproximadamente 3 horas, quando Walker acordou Ronen. Ele estava deitado no cockpit, o capacete jogado no chão, e o rosto amassado contra o painel, os cabelos pretos quase entrando na boca.
– MALDITO MANDALORIANO! – Gritou pela quinta vez John Walker – Nunca vi um deles dormir tanto assim!
– O QUE FOI? Eu estava na melhor etapa do sono, os sonhos lúcidos. – Assustado, foi o que Ronen respondeu.
– Para onde estamos indo? Eu quero me livrar logo de você.
– Estou indo para Nwython, onde fica a base rebelde que me contratou. Dependendo de onde você fica, eu passo lá antes.
– Um mandaloriano só trabalha para a Aliança quando pagam bem mesmo... Esse negócio deve ser valioso hein? – Especulou o mercenário. – Eu fico em Hega, mas qualquer lugar eu consigo me virar bem.
Nesse momento, uma turbulência atingiu a nave.
– Não sei calcular muito bem as coordenadas de hiperespaço, nós entramos no campo gravitacional desse planetinha.
– Que planetinha?
– Não está catalogado pelo Império, pois não aparecem informações no painel.
Numa segunda turbulência, Walker se desequilibrou e esbarrou num botão perto de um tanque esquisito, posicionado horizontalmente num canto da nave. Uma luz azul se acendeu, e os dois se aproximaram para olhar.
– O que é isso? – Indagou Walker
– Parece um tanque criogênico. O último que vi foi no Palácio Imperial em Coruscant...
Subitamente as luzes internas do setor de passageiros começaram a piscar. A nave deu um tranco que levou o mandaloriano e o rebelde ao chão. As linhas de estrelas que se viam pelo vidro do cockpit começaram a se desfazer, e o Lambda saiu do hiperespaço. Os dois puderam ver o planeta abaixo deles, quando o tanque emitiu um ruído de despressurização e se abriu. As luzes ficaram mais fortes, e quando toda a fumaça branca saiu, um corpo se revelou despertando. Levantou-se, saiu do tanque, colocando um pé depois do outro no chão. A nave estabilizou. Ele vestia uma capa preta que cobria todo o corpo até os pés descalços. Sua pele, vermelha enrugada, brilhava suavemente. Com uma voz metálica imponente, porém calma, o passageiro misterioso disse:
– Mandaloriano... Esse cristal... É um passo para uma jornada muito perigosa. Eu o estou avisando. Prepare-se.
O passageiro se afastou e colocou a mão sobre a parede da nave. A mesma derreteu quando entrou em contato com a pele, abrindo um rombo de tamanho suficiente para despressurizar a nave e sugar o passageiro para fora da nave, que antes de cair, disse:                                                                 
– Esse é só o Prelúdio.
Então foi jogado para fora do Shuttle, caindo em direção ao planeta.
Ronen, impressionado, disse:
– Droga. Estamos caindo.                                                                                                            
Ao que Walker respondeu:                                                           
– É por isso que eu fico longe de mandalorianos.

FIM DO CAPÍTULO 1
próxima edição: Capítulo 2


- texto por: Pato Épico 





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